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A TI Corporativa não está preparada para missão crítica

O tema é polêmico e até controverso, mas por uma simples confusão de conceitos e objetivos. O fato é que existem importantes diferenças entre as redes de TI corporativas, mais comuns atualmente, e as redes de Tecnologia da Automação (TA). Os problemas geralmente têm origem na confusão de alguns profissionais, pois muitos conceitos aplicados ao universo de TI não podem ser aplicados de maneira alguma às redes de automação.

“As TAs, como são conhecidas, estão inseridas em um cenário de missão crítica, em que falhas podem colocar vidas em risco e gerar consideráveis perdas financeiras”, comenta Rafael Paz, Diretor Técnico da GTX Tecnologia.

O executivo explica que os objetivos finais da TI e da TA são muito distintos. Enquanto a primeira visa a proteção de dados da companhia, a segunda busca garantir a disponibilidade completa da rede, devido às conexões com os órgãos reguladores, além de garantir a operação e a segurança do empreendimento. “Os dados que trafegam na rede não são sigilosos, pois tratam-se por exemplo de informações sobre geração de usinas, que são amplamente divulgadas e compartilhadas”, explica Paz.

Além disso, os requisitos de desempenho da TA têm um outro nível de exigência, já que a operação é em tempo real, 24/7, e não pode parar. Por isso, o tempo de resposta é crítico, e demanda mais estabilidade e a utilização de ações de contingência de alto nível são imprescindíveis.

Outras importantes diferenças dizem respeito aos requisitos de confiabilidade. “Como a operação na TA é contínua, não são toleradas interrupções, testes de versões betas são inaceitáveis, pois testes de qualidade são necessários antes da entrada em produção, e certificações formais podem ser requeridas após qualquer alteração”.

Também há diferenças relativas aos objetivos da gerência de riscos: enquanto o objetivo da TI é garantir a integridade dos dados, a TA prioriza efetivamente a segurança das pessoas, bem como dos ativos do empreendimento. Na TI, o impacto dos riscos é a perda de dados e a perda das operações do negócio. “Já nas redes de automação, o impacto dos riscos está relacionado à perda de vidas, equipamentos ou produtos. Isso tudo é muito sério e pode representar perdas financeiras, que nesse caso são bastante consideráveis”, comenta Paz.

Como a TI está mais alinhada à camada estratégica do negócio pela presença do CIO, a partir do momento em que entra na camada de produção, ela precisa se preparar para realizar entregas para a TA, ao mesmo tempo em que deve alinhar as suas entregas às estratégias do negócio.

Atualmente, a TI não consegue compreender as necessidades dos processos dos níveis operacionais, como linhas de produção e outros processos automatizados, por isso, o mercado passou a solicitar a convergência das duas tecnologias (TI e TA) em função da tendência atual de digitalização.

“Acreditamos que o cenário ideal é trazer a maturidade da TI para a TA, associando flexibilidade às boas práticas, e alinhando aos objetivos estratégicos e aos indicadores de desempenho. A convergência entre TI e TA é realizada com excelência pela GTX Tecnologia, pois temos obtido sucesso ao manter o foco da TI no core business das companhias que atendemos”, finaliza.

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